A ÚLTIMA POESIA
Começo o dia para fora da janela,
O sol estava na sua mais elegância,
Era o mundo do fim.
As pessoas tão consigo perdidas,
Admiravam apenas,
A morte passar por elas…
Mas não fique triste não!
O final das coisas não pode ser ruim
Cansadas de ir e vim
Todos pensaram:
-Preocupar não precisamos
vamos seguir as fragilidades do coração
E dançaram de forma, uma estranha entonação.
Tudo seria apagado
E nada importado.
Nesses instantes paixões foram seguidas
Famílias foram reerguidas
Sonhos foram reconquistados
Deuses foram reencontrados.
Do mais pobre ao mais rico
Do mais branco ao mais preto
Do mais esperto ao mais burro
Daqui a poucos minutos seriam vultos,
As cinzas mais inteligentes no espaço.
Não fique triste meu rapaz, com o desfecho,
O tempo não dá para se contar
Ele está sempre a mudar.
Aqueles minutos poderiam ser horas, em anos
Quem sabe, até anos se transformariam em séculos
O que fazer com tanto resto?
Me diga o que?
Eu estava lá,
Queria chorar
Sem ninguém para admirar.
Distante desses seguimentos,
Há posse de abstratos sentimentos,
Por estrangeirismo decido escrever uma ÚLTIMA POESIA.
A cada verso que escrevia
Grandiosamente se formava um modesto poema.
As palavras tão belas e numerosas, perfeitas
Seriam difíceis até para serem reescritas.
Não sei ao certo como seria seu nome,
Talvez nomeie de minha, última dança.
Talvez porque vivo a zanzar
Entre a loucura da sanidade.
A ÚLTIMA DANÇA
“’Anos 50
Número 202
Esquina com a winchester, Tóquio
Estava lá eu, a ouvir city pops japonesas
Quase diria viver em uma poesia.
Já era quase dia
Pronto para reviver a tristeza que me pertencia
Os pequenos passageiros problemas,
Vem em mim uma sinestesia.
O olhar dela se encontra com o meu
Tento reverter o irreversível,
Já não era mais possível.
Ela começa a vir em meu encontro,
Infelizmente naquele momento já sabia
Essa seria minha ÚLTIMA DANÇA.
Sempre a imaginei de preto
Nesse dia estava de um exuberante amarelo
O que poderia fazer? Não poderia fugir
Pois já estava completamente magnetizado por ela.
Estava totalmente apavorado
De certa forma apaixonado.
Ela dá sua mão
Relutantemente a aceito
Nos abraçamos, sinto seu interior frio no vão,
Misturado com o calor de seu corpo.
Ficamos a dançar assim, por loooongos milésimos.
O clímax do baile me faz palpitar.
No acalmar,
Memórias de nostalgia me mostram.
Lembro-me no dia em que nascia,
De tudo que vivi até ali
Nos campos verdes em que corria
Para os braços de minha mãe
Os conselhos de meu pai
Nos planos concretizados,
Aqueles idealizados,
As danças que poderia ter feito,
As feitas.
Mas lá no fundo sempre soube
Essa ser a última.
Nós nos soltamos
E começo a caminhar em direção a porta
Desabo em lágrimas.
Olho para traz,
Passado o vejo.
lembranças, serão excomungadas
E no fim será como nunca existidas.
Ainda assim, em um momento…
Elas existiram,
A mim foi muito especial.
Observo-a,
Está com um sincero sorriso
Do mais interno de dentro.
Deixo em cima da mesa minha, última carta de amor.
Um coração escrito com toda sua dor
Nela não havia nada de maior estima
Apenas se destaca
Por ser a minha finada.
A ÚLTIMA CARTA DE AMOR
7 de maio, Fim da terra
‘’QUERIDO, CAROÇO DE MEU PEITO,
Seria estranho se te dissesse, logo você, escolhi para escrever e dedicar a derradeira gota de paixão navegadora de minha aorta artéria.
No dia em que te conheci era apenas a voar uma abelha triste donde o pesado ferrão não deixava tornar-me aquilo sonhado. Sem lugar nem razão para ir e vir… Buzino busca na bússola perdida. De longe avisto está, a dita coisa mais bela por mim, vinda da mais profunda ideia, um girassol tão amarelo quanto o sol. Tentei me controlar, mas me perdi naquilo visto como suas pétalas. Eu corro e eu corro para perto dela, entretanto quanto mais aproximo de ti, mais distancio da santidade. Começo a voar desesperadamente para extrair aquilo de mais valor, seu néctar. Eu corro, eu corro mesmo sabendo do perigo de meu sonhar, apenas sigo. Estou perto quase encostando-a. Até o acaso me jogar contra o vento bateu-me no tronco de uma árvore acabou por fincar o ferrão nela.
Esse foi o momento em que eu te conheci, pois também foi o dia em que eu vi o amor pela primeira vez, dedico-me essa escrita para você, minha ÚLTIMA CARTA DE AMOR.
É tão esquisito te conhecer assim de repente, nunca fora os meus planos ter você, ainda assim, agora lhe pertencente só posso dar meu coração, apenas isso me resta. Pode ser considerado pouco, tenho a consciência, mas lhe asseguro ele é verdadeiro tanto quanto Hélio é para mim a luz incendiara de pupilas e mundo, faz me sentir grande e ilimitado. Faz querer-me descer ao chão e sentir o gosto da terra, tanto voei contra. Essa é minha, última tentação. A direi em alto e bom som, para ela reverberar por entre a eternidade do cosmos.
A ÚLTIMA TENTAÇÃO
‘Vem sem nenhuma razão
O particular desejo,
É o eu na questão.
Eu poderia ser o sol,
Com poder do sou
Seria forte, um fogo.
Incendiar tudo à volta
Em muito estilo,
Uma supernova meio torta.
Só que,
Sem muito estímulo
Seria vazio
E estaria sozinho.
Distante para nunca se queimarem
E nunca junto me levarem,
Passaria anos aguardando algo ocorra
Ou finalmente eu morra
Uma sem sentido vida.
Preso no dia a dia,
Um dia qualquer
Para o espaço olharia
E veria ela,
Sirius A.
A mais brilhante de todas vistas,
Sua luz era branca como a neve
Suave como se escreve.
Foi, foi pelo medo da solidão
Eu busquei pela primeira vez sua mão.
Está é a minha ÚLTIMA TENTAÇÃO.
Porém era apenas mais um
E meu brilho é insignificante,
Mas por momento um
Sonhei, em torná-lo exuberante.
Me transformar em luz
Na qual pudesse ela admirar
Houve uma decisão,
Do desejo
Haveria nenhuma rescisão.
Para todos me vejo
Começaria a juntar fragmentos pelo espaço
A força, a estrela mais brilhantes.
Eu conseguiria ser mais infinitante.
À medida que faço isso
Começaria a crescer,
Começaria a consumir os planetas, sem perceber
Aos quais tanto quis protegê-los,
Para sem dó, assassiná-los
*Chi Chi Chi*
Corram se puder,
A… vocês não vão poder.
Ohh, Tadinho mercurizinho
Pa * Pa*
Ohh, mortinho venuzinho
Fa,fa,fa,fa,fa,fa
Ohh, apagadinha da minha queridinha terrinha.
Trágico, Trágico! Até esqueci as sobras das agora poeirinhas
Um psicopata assassino estrela.
Em toda minha existência
Finjo seguir sem se importar com trás
Todos sucumbem perante presença
Estaria na maior ambivalência
Mas
Ainda não é suficiente para veem
Eu preciso de mais
Por quê? É tão difícil,
Ser.
Ela tão formosa e distante.
Decido-me vestir com maia,
Ilusão vestida em um véu
O meu destino final,
Uma explosão de sentir.
Parece algo irracional
Ainda tenho a esperança de Sirius A me vê.
Todos os fótons de energia se expandem,
Nos meus olhos só havia escuridão
Tanto desejei
A luz sob a minha imaginação.
Os astros me trariam os pedidos,
Mesmo na última hora
Eternizada pelos segundos.
Valeu a pena!
A solitude me resta
Ainda faria tudo de novo.
Agora sou a morte,
Destruidora de mundos
E a dor em forma de calor.
Tão quente esquentaria até os mais gélidos dos corações,
Durou-se um tempo até extingue-se totalmente as explosões.
Do outro lado da galáxia
Sirius A,
Observou o apogeu e o fim
De uma insignificante luz.
Se perguntou
-Onde se foi tão bela cor amarela,
acompanhante da noite eterna.
Essa sem sombra de dúvidas, foste
A mais estilosa,
Última tentação’
–
Agora já expressado o amor para ti, posso me soltar. Eu desprendo o ferrão de mim e agora sou livre para voar, com um pouco de força restante jogo-me para o girassol. Consigo encostar nele e senti o néctar mais intenso do que nunca. Não era como o sonho sonhado, mas era tão bom tornou até a sólida realidade virar uma fluida fantasia. Após esse momento voei para o chão, ao seu encontro. Senti a terra presa ao corpo, ela ficará lá para sempre, percebi sua grandeza do fundo da minha alma sem coração essa para mim foste a mais supersticiosa última carta de amor.
Com carinho
Tardio Poeta”
–
Abro a porta do bar
E saio por ela,
Com o falso prestíssimo
Se poderei dançar a findada dança pela última vez,
A minha inigualável,
Última dança.”’
–
Ponho o ponto final.
Olho para o céu
O sol cada vez maior
Esse poderia ser considerado o poema de maior excelência,
Pela sua subjetividade e união das palavras de sintonia.
Dada a nossa inevitável destruição,
Percebo esta arte,
Terá o mesmo valor de rabiscos de pinto
Encontrados em qualquer uma esquina
E nada significaria,
Se misturando pelas cinzas.
Concluo agora essa possa ser a poética da questão.
O sol ilumina e incendeia o globo
Ilumina a todos na avenida,
Todos os bobos erros foram queimados
Todos os ser, do planeta foram consumidos.
No fim a Terra nasceu e morreu sem nem ser percebida.
Só que se você olhasse com atenção, perto de Hélio em sua grandeza
Havia uma pequena cinza, ela não se destacava,
Mas tinha algo em seu brilho que a história de sua beleza demonstrava.
E poderia ser meu poema mais bonito
Ou apenas mais um desenho de pinto,
Nunca saberia
Uma sem resposta pergunta.
Pelo cosmos a vagar
O legado da terra
A poeira singular,
Para dentro da janela
A última poesia.