Catarse cotidiana
Tumor tumulto tudo
A luz do palco principia
Um ser nascera
Mal sabia ele, também morrera.
A borboleta voava
Seu primeiro dia iniciava
Ela subia até onde cabia
Queria conhecer o céu
Por isso pela sua ilusão vestiu seu véu.
Em momentos voou com pássaros
Em momentos conheceu gostos
Tudo era novo até o dia se prolongar
Pois o motivo de sua existência começava a vagar.
Á tarde já não havia mais juventude
Não havia novidade
O lago era mais uma rotina
Em que tudo se instaurou em sua vida.
Estranhamente ficara solitária
Não sabia criar sentimento
Voava com a companhia do incerto
Quase igual um homem.
A noite, o crepúsculo a perseguia
Já não qualquer coisa fazia
Devagar se locomove
Lembranças eram esquecidas
Sem amor.
Olhara para lua
Seus olhos a perseguiam para onde fosse,
A chuva caia.
Seus olhos a condenam para enfim morresse.
Ao final viver ou não viver não trouxe nada para esse mundo
Sua vida não trouxe legado nem memórias
Se sua inóspita morte
Fosse de seu conhecimento,
Algo seria feito?
Algo diferente?
Talvez não,
Pois no fim sempre esperamos que o espetáculo seja uma comédia
Mas no fim estamos destinados a uma eterna tragédia.
31/03
Kamalesh D’