O MEU PRIMEIRO AMOR
Era incandescente uma luz no fim do túnel… Eu naquele momento uma criança de uns 2 a 3 anos estava a brincar, e a imaginar histórias e mais histórias, naquele pequeno quarto. Estava apenas com minha vovó em casa, entretanto ela me deixou e foi cuidar de seus afazeres (Ela nunca parava quieta, sempre gostava de mexer).
As horas passavam rapidamente no meu recinto. De tão rápido quanto o dia findou, a noite nasceu. Tudo se escureceu. Não havia luz em lugar algum todas as antigas cores vivas, agora eram todas pretas mortas. Eu me levantei com muito medo. Aos poucos tive um pouco de coragem e sai do meu quarto. Apenas olhava para baixo com muito temor. Imaginava monstros e outras coisas horríveis poderiam ser encontradas nas trevas. Continuo a andar meio perdido sem saber para onde ir, era um navegador sem sua bússola.
Uma silhueta surge no reflexo do vidro da mesa na sala, uma fraca luz tão insignificante, mal poderia ser vista normalmente. Naquele momento na escuridão parecia uma brisa em um véu de fogo. Só isso já foi suficiente para me fazer sentir o seu calor, com o seu zelo. Inospitamente uma aurora atravessa o meu quarto e chega até ao cômodo onde eu estava essa luz sim, se espalhou por toda sala.
Como uma mariposa atraída pela luz, andei em direção a ela, sentido para descobrir sua real natureza. O feixe vinha da janela aberta do meu quarto, antes ele era escuro agora era tomado pela chama das cores novamente. Continuei a me aproximar dela sem parar, porém, era pequeno demais para alcançar a janela. Peguei uma cadeira avermelhada a arrastei até perto da fresta. Subi em cima para poder ver melhor…
Eu me apaixonei pela aurora!! Ela era linda seu brilho era de se admirar. Poderia ficar por horas a finco ou quem sabe anos. Sinto como se ela tivesse roubado meu coração para si e ele se tornasse nada mais nem menos do que uma faísca da chama. Ela sequestrou meu coração e de certa forma eu gostava disso. Me aproximava intensamente a ela, quanto mais chegava perto mais e mais queria estar com ela.
Minha vovó veio até meu quarto e a mim gritando desesperada. “Menino, sai da janela você vai cair da janela”. Eu olho para ela e não me importo para preocupação dela apenas aponto. “Vovó, olhe para essas luzes como estão belas hoje”. Ela se acalmou aproximou de mim e me segurou para não me esgueirar mais “Ah prefeitura pôs enfeites de natais novos esse ano, ficou bonito mesmo”. Ficamos por mais um tempo admirando os enfeites.
As vezes quando olho para janela, não me lembro muito bem de como era os enfeites, mas lembro do sentimento do calor que eu sentia naquele instante. Ah sensação de se apaixonar pela primeira vez. Mas o que dizer né do meu primeiro amor.
O MEU PRIMEIRO AMOR
Kamalesh D’