Estou decepcionado
Com o amor
Mas pensando agora
O que eu queria que o amor fosse?
Não sei dizer ao certo.
O bonito de se sentir
Uma energia de transmitir
Uma luz infinita que faria até o mais profundo gelo do meu coração se derreter em mil e uma gotículas do mar
A navegar pelo céu da manhã
Ele é azul apenas, em sua mais bela forma
Sem as nuvens para incomodar
Imagino-me nadar pelo seu azulado sem defeitos como se fosse mar
O calor refrescante
Da brisa que só o amor poderia me passar
Era inimaginável
Agora, que não ocorreu
Não sei se o encontrarei
Deito-me para ver o noturno céu
Não ah estrelas
Todavia observo sua escuridão
A procurar uma razão
Ou falta dela
Escuto jazz por meio dos acordes do saxofone
Vejo ela
A lua
Acho que ela está diferente das outras vezes
Ou talvez sege minha falta de sensatez
Não havia reparado nela antes
Como muitas outras pessoas fazem a ignoram
O seu brilho é um reflexo da luz
Então não te seduz
A princípio
Entretanto é necessário de atenção para apreciá-la
Ver a sutileza de sentir o seu conforto no seu tom acinzentado
Imagino-me dançando com ela pelas desaparecidas estrelas
Passando por planetas
Nossa primeira orbita na terra
Indivisível barreira
Que iriamos atravessar
Até o dia em que o sol com ciúmes nos consumiria,
Mas
Nesse momento de agora apenas quero observar
O calor sutil dela
Que não derreteu meu coração
Só o fez um pouco mais feliz
E fez com que ele transportasse o meu sangue por pelo menos mais uma vez,
Como se fosse único no mundo
É isto que o amor pode ser
Algo inimaginavelmente concreto
platonico
Kamalesh D’
10/06/2021