O Homem nas estrelas
Um inóspito evento ocorrera
Naquela noite uma estrela havia caído ao chão
Contra a natureza da vida
Um som assombroso tomou toda região
E ninguém sabia motivo.
Um homem caminhava no crepúsculo da noite
Em sua dificuldade
Custava a se segurar
Na sua escuridão
Seu nome não existia razão de dizê-lo
Humildemente segue ao comerciante
-Preciso do elixir da ceva
Vivo sempre distante no céu
Observo do alto as luzes das festas
Tão bonitas
gostaria de caminhar entre eles
Experenciar-se com elas
As moças
Está és a maior beleza já vista.
O comerciante entrega a temerosa ceva ao viajante
Ao bebê-la ele se tornou denso
Tocável
Um homem de carne e osso
E pode finalmente estar como todos
Com seu momentâneo sorriso
Estava preso em sua cegueira
Usava óculos
Para esconder o brilho de seus olhos
Estava do lado de fora da maior das festas
Pareciam ser divertir
Captava todos de si pela janela de seu ser
Percebera nunca pertenceria àquilo
O som alto
Mesmo se quisesse
Bebesse toda ceva que o mundo pudesse dar
Ainda não seria como eles
Recuara para trás
Fora de sua visão estava uma linda mulher
Ele aproximara dela
Seu nome era Gaia
Ela olhara ao fundo de seus olhos
Por trás de sua lente.
-És feliz aqui?
-Sou, estou a sorrir agora.
Ela calmamente se vira para o escuro na noite
-Antes todo dia eu me sentava nesse mesmo lugar
Apreciava uma estrela
Única
Sempre a admirei de longe
Sua luz era tímida
Intima de mim
Sentia seu coração pulsar
Sinto falta dela
Uma lótus nascida pela lama.
-Eu gostava de certas partes do céu
Porém era como se houvesse algo
A me faltar
Eu não podia ser assim
Fosse errado meu jeito
Os outros certo
Eu queria ser aquilo.
Ela rira um pouco sem lhe dar atenção
-Nesse vasto mundo existe homens de mais a andar pelo concreto
Sentir em seus pés a úmides da terra
Para festejar pela vida
Mas
Nessa constelação
Existem poucas estrelas
Não podermos ir contra a nossa natureza
Imagino ela em sua plenitude
Uma gloriosa pintura
Daquelas difíceis de achar
E o que seria dela sem suas cores.
Como se aceitasse seu destino
Deixou cair ao chão seu elixir
Aos poucos
Suas células se despendiam de si
As lágrimas escorriam dos luminosos olhos
E se misturavam ao seu corpo
A voar
Seus fragmentos se juntaram
Virou-se a ponta da cruz
Cruzeiro do sul
Voltara a seu estado original
Era solitário
Tempestuoso
Muitas vezes difícil
Este era seu Dharma
Sua infindável luz
Naquela noite uma estrela havia se elevado ao céu
Fluía a natureza da vida
Não tema!!
Pode continuar sua tranquila marcha sobre a terra
No escurecer
Sempre haverá
Entre as nuvens
O homem nas estrelas
De longe
Observava a alma humana
Como uma joaninha
Carrega para si os males desse mundo
Essa é sua maior dádiva
E sua perpetua maldição.
30/01/2023
Kamalesh D’